quinta-feira, 10 de março de 2011

O GIPE e a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço

O Programa "O Homem e a Biosfera - MaB", lançado em 1971 pela UNESCO, é um programa mundial de cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu meio. Esse programa considera a necessidade permanente de se conceber e aperfeiçoar um plano internacional de utilização racional e conservação dos recursos naturais da biosfera, do melhoramento das relações globais entre os homens e o meio ambiente. Busca o entendimento dos mecanismos dessa convivência em todas as situações bioclimáticas e geográficas. Procura também compreender as repercussões das ações humanas sobre os ecossistemas mais representativos do planeta.

As reservas da Biosfera são importantes pontos localizados para a pesquisa científica e desempenham importante papel na compatibilização da conservação dos ecossistemas com a busca permanente de soluções para os problemas das populações locais. Sua principal função: criar oportunidades para que as populações que vivem dentro ou perto das reservas desenvolvam relacionamento equilibrado com a natureza e, ao mesmo tempo, demonstrar para toda a sociedade as vias de um futuro sustentável.



O Comitê Brasileiro do Programa MaB - COBRAMAB é o colegiado interministerial, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e, a partir de 1999, responsável pela implantação do programa no Brasil, ao qual estão vinculadas as reservas da biosfera brasileiras. No Brasil a primeira Reserva da Biosfera, criada em 1992, foi para salvar os remanescentes de Mata Atlântica. O Programa Internacional Homem e a Biosfera - MaB aprovou em outubro de 1993 dois outros projetos propostos pelo Brasil: a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, integrada com a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, e a Reserva da Biosfera do Cerrado do Distrito Federal.

A Serra do Espinhaço foi reconhecida como Reserva da Biosfera em 27 de junho de 2005, por ser uma espécie de divisor de águas de extrema importância do Brasil Central, por ter espécies de fauna e flora endêmicas e por ser uma das maiores formações de campos rupestres do Brasil. Além disso, o Espinhaço é considerado uma das regiões mais ricas e diversas do mundo. A extensão da área – mais de três milhões de hectares – e sua importância biológica, geomorfológica e histórica justificam a adoção de medidas urgentes para a conservação de todo o complexo montanhoso.

O trabalho do GIPE é contribuir no desenvolvimento de estudos mais detalhados sobre as transformações sócio-espaciais na Reserva da Biosfera do Espinhaço e suas conseqüências para as comunidades locais e para o meio ambiente. Nossos estudos e pesquisas se concentram em quatro áreas de interesse, sendo elas: Unidades de Conservação, Geoprocessamento, Conhecimento Sócio-Ambiental, Estudo e Dinâmica das Paisagens



Para saber mais:
Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço



Bem vindos ao Blog do GIPE

Criamos este Blog com o objetivo de divulgar o trabalho do Grupo Integrado de Pesquisa do Espinhaço (GIPE). O GIPE surgiu em 2010, a partir de iniciativa de alunos e professores da UFMG em parceria com a UFVJM, e atualmente possui sede em Belo Horizonte e Diamantina, respectivamente.

Nosso objeto de estudo é a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, principal cadeia de montanhas do Brasil, em toda sua abrangência: aspectos ambientais, culturais, socias, políticos e econômicos.



A intenção é utilizar o Blog como uma ferramenta para compartilhar, com todos os interessados, as pesquisas e publicações desenvolvidas pelo GIPE, além de servir como um canal de comunicação e divulgação de eventos, editais e informações que possam ser utilizadas e discutidas em benefício dos lugares e dos povos do Espinhaço.